quarta-feira, 28 de julho de 2010

Super Mulher




Ouvindo, cantando e desejando ser esta super mulher...

(Ana Cañas - Composição: Jorge Mautner)

Olha, ela fala, ela canta, ela grita, ela zanza
Ela tem aquela transa
Que eu não digo com quem é
Ela tem o rebolado
Tem o corpo tatuado
De uma figa da Guiné

Ela tem uma coleção
De animais bem perigosos
De animais muito orgulhosos
Lá da Arca de Noé
Ela tem uma pantera
Que ela arrasta na coleira
Ela gosta dessa fera
Porque é grande feiticeira
E seduz os corações

Super-Mulher
Super-Mulher
É de capa voadora
Domadora de Leões

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bom mesmo é ter sonhos pra contar...


Depois de um mês de internação hospitalar minha mãe recebeu alta . Ainda inspira cuidados, mas se sente melhor por tomar menos medicações, por não depender de aparelhos e por estar em casa. Diariamente ligo pra ela; e conversamos sobre o dia, sobre a evolução de sua saúde e sobre a família: filhos/as, netos/as e bisnetos/as, todos apaixonados pela dona Jacy!
Em um dos períodos da internação levei alguns livros para o hospital; histórias sempre aquecem nossos corações e animam o nosso dia. Contava histórias pra ela e também para as demais pacientes do quarto. Havia uma que falava sobre uma lagarta sonhadora que deseja ser bela e voar alto, descobrindo novos espaços e vivendo novas aventuras. Foi uma diversão só.
Quando terminei a história perguntei pra minha mãe: “E a senhora, também tem sonhos?”- rapidamente ela me respondeu: “Sim! E que graça tem a vida se a gente não sonhar?” Pronto! Não era necessário dizer mais nada; isto foi o suficiente para que eu me pusesse a pensar em quais eram os meus sonhos e o que eu estava fazendo para que eles se concretizassem.
Ouvir os sonhos da minha mãe me fez lembrar da brilhante canção que nos diz “ ♫ porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos, e sonhos não envelhecem ♪”; a música é um convite para que a gente aventure pela vida, tendo como combustível o sonho e a esperança.
É exatamente destes elementos que precisamos para que a vida faça sentido e que tenha sequencia mesmo depois de períodos difíceis. O próprio Deus, por intermédio do profeta Joel nos ensina que é preciso sonhar: derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.(Jl 2.28). Estas palavras foram ditas em um período em que todas as plantações haviam sido arrasadas por gafanhotos. No dia do Senhor, os sonhos das pessoas maduras, de pés no chão e capazes de dar sequencia da história sem abrir mão de seus princípios, seriam retomados.
E a vida tem graça sem sonho? - Não! É por isso que precisamos de uma dose deles diariamente. Aprendi com a história da minha mãe o que a canção já afirmava: (só) os sonhos não envelhecem. E você? Têm sonhos? Espero que os cultive e que faça o possível para que eles se transformem em realidade.
Que Deus renove sua esperança,
suas histórias e suas canções.
(♫ e lá se vai mais um dia!♪)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

eu hoje...


Sem força...

o vento é apenas uma brisa, carregando poeira e vestígios do que já foi...

Sem palavras de ânimo...

A dor e o desespero parecem ocupar um lugar muito maior em mim...

sem chão!

Desanimada! cansada! angustiada! com dor...

Há um nó na garganta...

uma vontade de gritar! De chorar... um mal estar...

um medo...

um horror...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A oração do justos...


Nos últimos dias recebi, via email, uma foto que me chamou a atenção: uma igreja, seguindo o modelo dos “fast food's”, oferecia uma um de seus “produtos” - havia ali um “drive-thru” de oração; ao final cada motorista era convidado a deixar ali “alguma oferta” . A princípio achei que se tratava de uma brincadeira , de mal gosto é claro, mas para a minha tristeza tratava-se de um fato real. Lembrei-me de uma frase usada pelo rev. Tárcis no sermão de domingo passado: “Se Jesus é o caminho, algumas igrejas são [as praças de] pedágio.
É estranho pensar que uma das nossas marcas passa a ser objeto de consumo. A oração, que deveria ser, um meio de fortalecimento de nossa fé, de comunicar-se com o divino e expressar a nossa gratidão, bem como nossos anseios, mas não se trata de uma ferramenta “mágica”.
Observando os textos bíblicos percebemos que a oração fazia parte da dinâmica de vida das pessoas: tinha um sentido terapêutico, pois ajudava as pessoas a confrontar a sua realidade e expor seus sentimentos. Em muitas passagens bíblicas nos deparamos com o próprio Jesus orando, e o mesmo orienta seus discípulos: Vigiai e orai...
Hoje, temos um apelo que em nada se aproxima das práticas cristãs: há orações fortes pra tudo; campanhas de oração para emagrecer e para enriquecer, e há também líderes que insistem na frase: muita oração, muito poder...pouca oração, pouco poder. Confesso que ainda não encontrei fundamento bíblico para tal afirmação.
É preciso recuperar o sentido real do cristianismo e o real valor de ser comunidade de fé – local em que se partilha ideais e que se celebra a vida e a graça (de graça!), assim como Cristo nos ensinou. Louvo a Deus por saber que preservamos em nossa liturgia momentos de oração; porque também desenvolvemos a prática de oração em família e porque há em nossa igreja um grupo fiel que se reúne semanalmente para orar pelos pedidos da comunidade.
Esta é uma bela marca cristã, que o Senhor nos ajude a conservar esta graça.